Visão sobre a TIM: Neutra A principal fonte de receita da TIM advém da prestação de serviço móvel. Com o passar do tempo, a Empresa vem focando cada vez mais nos clientes da modalidade pós-pago. A fidelização dessa classe costuma ser maior, apresentando menor rotatividade em comparação aos clientes do segmento pré-pago. Além disso, a receita média por usuário (ARPU) também é superior no caso dos clientes pós-pago, uma vez que são oferecidos planos de maior valor e há a possibilidade de diferenciação de ofertas. Já em relação ao custo de aquisição de clientes (CAC) da TIM, também vem sendo observado um crescimento com o passar do tempo. De fato, a adição de clientes da modalidade pós-pago se demonstra mais dispendiosa para a Companhia. Dessa forma, a relação entre o SAC e o ARPU, que busca mensurar o tempo médio que um cliente leva para gerar receita equivalente ao custo que a Companhia teve em adicioná-lo à base, segue em níveis baixos. A rotatividade da base de clientes da TIM vem em trajetória descendente, impactada diretamente pelo maior foco em clientes da modalidade pós-pago. Contudo, observa-se que a Empresa vem perdendo participação de mercado para os seus concorrentes, sendo a redução notada em ambas as modalidades. Além disso, a base de clientes segue em trajetória descendente, demonstrando que a diminuição na modalidade pré-pago não está sendo plenamente compensada pela alta no segmento pós-pago. A dívida da TIM continua controlada. O endividamento, mensurado pela relação entre a dívida líquida e o EBITDA, segue em patamares confortáveis. Além disso, cerca da metade da dívida da Companhia tem vencimento após 2026. Recentemente, o custo da dívida teve uma elevação, impactado pelo aumento das taxas de juros e da maior inflação. No 1T22, a TIM concluiu a compra dos ativos da operação de telefonia móvel da Oi, em um negócio combinado com a Telefônica Brasil (Vivo) e a Claro. Com isso, a TIM passará a ser responsável por DDDs de importantes centros brasileiros, com destaque para as cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Dessa forma, é possível perceber que a TIM é uma empresa saudável do ponto de vista financeiro. Além disso, o foco no segmento pós-pago é interessante pois possibilita uma maior retenção e monetização dos clientes. Contudo, a Empresa vem sofrendo com a competitividade, ainda mais tratando-se de um setor com elevada competição de preços. Portanto, temos uma visão neutra para TIM no longo prazo.